Sindicato dos Aeroviários no Estado de São Paulo
Terça, 26 de Agosto de 2025

Agora, a United Airlines se une à Delta, British Airways e Qantas. Navegue pelas rotas da Ásia: aqui está o que você precisa saber sobre isso.

23/07/2025

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O mercado aéreo da Ásia-Pacífico está passando por uma transformação colossal, com várias das maiores companhias aéreas do mundo sendo forçadas a se adaptar a novas realidades. United Airlines, Delta, British Airways e Qantas estão se adaptando para competir. Os seguintes grandes players estão implementando mudanças estratégicas em meio ao aumento da concorrência, mudanças regulatórias e dinâmicas de mercado flutuantes, desde rotas reduzidas até novos lançamentos.

A United Airlines, líder de mercado em viagens transpacíficas há muito tempo, também expressou preocupação com a nova rota da Delta para Hong Kong, partindo de Los Angeles. O CEO da United, Scott Kirby, buscou minimizar tal ameaça, argumentando que a entrada da Delta em Hong Kong é apenas uma gota no oceano em comparação com a vasta rede da companhia aérea, com mais de 6,000 voos diários. Mas Kirby também sugeriu que o retorno da Delta a esse mercado pode ser mais uma resposta à arrogância da United do que uma jogada inteligente que, de fato, seja lucrativa a longo prazo.

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Embora Kirby tenha expressado confiança na posição da United, ele sugeriu que a Delta pode ter dificuldades para obter lucro com seu novo voo para Hong Kong. De fato, a United tem uma presença dominante em Hong Kong, especialmente em seus hubs na Costa Oeste, como São Francisco e Los Angeles. Os esforços de recuperação relacionados à pandemia na região estão avançando e a concorrência está aumentando, embora ainda seja incerto se a Delta conseguirá superar os obstáculos financeiros que tendem a acompanhar os novos voos internacionais de longa distância.

Serviço da Delta para Hong Kong e circunstâncias de mercado

Retomar o serviço de Los Angeles para Hong Kong foi uma decisão arriscada da Delta após oito anos de ausência — uma grande mudança para a companhia aérea que exigiu uma reformulação de sua estratégia para a Ásia. Mas a escolha de Los Angeles, onde a Delta não mantém uma de suas bases mais sólidas para conectividade doméstica, surpreendeu alguns. Los Angeles é brutal em termos de competitividade, com a United e a Cathay Pacific oferecendo excelente concorrência.

 

Ainda mais interessante, o serviço da Delta em Hong Kong é nossa primeira "introdução" à parceria da Delta com a Korean Air. Essa joint venture lhe deu uma vantagem, mas também dificulta a expansão para outras cidades asiáticas importantes, como Hong Kong. A United, no entanto, é a grande destaque nessa rota, e a posição de longa data da companhia aérea na região a supera em termos de profundidade de malha e fidelidade dos passageiros.

Muitas rotas de longa distância, incluindo aquelas que cruzam o Pacífico, simplesmente não geram lucro para a Delta nos primeiros meses. Tais perdas geralmente fazem parte de um plano mais amplo para desenvolver o reconhecimento da marca, aumentar a utilização da capacidade, conquistar a boa vontade dos clientes e preparar a companhia aérea para a lucratividade futura. O futuro dos voos da Delta para Hong Kong dependerá de como ela conseguirá lidar com a rentabilidade, a demanda de passageiros e a pressão competitiva.

British Airways reduz rota para Hong Kong diante de novos desafios

Mais além, no Pacífico, a British Airways também optou por mudanças drásticas em toda a sua rede asiática. Em julho de 2024, a companhia aérea reduziu pela metade a frequência de seus voos para Hong Kong, devido às restrições do espaço aéreo russo. Atualmente, apenas um voo direto opera diariamente de Londres para Hong Kong, bem abaixo dos níveis anteriores. A mudança não se deve apenas às tensões geopolíticas, mas também às pressões competitivas mais amplas na Ásia.

O corte, que entrou em vigor em 9 de março, ressalta uma nova realidade para as companhias aéreas, que estão reduzindo cada vez mais os voos para a região Ásia-Pacífico, à medida que a demanda e as políticas governamentais ditam os horários. A British Airways tem sido uma presença forte nesta parte do mundo há muito tempo, mas agora terá dificuldades para acompanhar a concorrência estabelecida e concorrentes como United e Qantas.

Qantas se concentra em Hong Kong após o cancelamento da rota para Xangai

A principal companhia aérea australiana, Qantas, também terá que implementar grandes mudanças em sua estratégia para a Ásia. A Qantas, que descontinuou sua rota Sydney-Xangai em outubro de 2024, tem se esforçado para manter o serviço para Hong Kong, a única cidade chinesa que ainda atende a partir de Sydney, sem escalas. A decisão da companhia aérea de encerrar seu serviço para Xangai ocorre em meio a preocupações mais amplas com as condições do mercado chinês, bem como com o efeito de mudanças nas regulamentações e nas relações geopolíticas.

O anúncio da Qantas é um sinal dessa competição nas rotas transpacíficas, que só deve aumentar quando a maior companhia aérea do país ocupar a capacidade de assentos em um número recorde de rotas entre os Estados Unidos e a Austrália. Companhias aéreas concorrentes, como United, Delta e Cathay Pacific, também buscam atender aos mesmos mercados lucrativos, e as companhias aéreas precisam se ajustar constantemente às mudanças na demanda de passageiros e às regulamentações. A crescente centralidade de Hong Kong para viajantes a negócios e a lazer na região significa que companhias aéreas como a Qantas precisam ter uma forte presença na cidade para continuar a competir no mercado da Ásia-Pacífico.

Outras companhias aéreas ajustam suas estratégias

Além dessas grandes companhias aéreas, diversas outras estão encontrando novas maneiras de competir na Ásia. Companhias aéreas europeias, incluindo Virgin Atlantic, Lufthansa e SAS Scandinavian, vêm reavaliando suas posições em vista das mudanças na dinâmica do mercado. A Lufthansa, por exemplo, cortou alguns voos de longo curso para a Ásia, e a SAS reformulou sua programação em alguns momentos para se ajustar à demanda flutuante em certas grandes cidades, como Hong Kong.

Embora a concorrência no mercado da Ásia-Pacífico seja intensa, considerações estratégicas em rotas de conexão são primordiais. Seja reduzindo a capacidade, escolhendo novos pontos de partida ou firmando parcerias com parceiros de joint venture, cada companhia aérea toma dezenas de decisões para se manter no mercado, que se torna cada vez mais dinâmico e incerto.

O Futuro da Aviação Transpacífica

Isso é um bom presságio para o futuro, já que a pressão competitiva da United, Delta, British Airways, Qantas e outros concorrentes que oferecem serviços na Ásia-Pacífico deve aumentar na região. As companhias aéreas terão que pensar em novas maneiras de agradar os clientes, ser mais eficientes nas rotas que voam e controlar os custos.

E a United precisará continuar investindo em infraestrutura e atendimento ao cliente para manter sua posição dominante na região da Ásia-Pacífico. A nova rota para Hong Kong significa que a Delta agora precisa fortalecer sua joint venture com a Korean Air e garantir que possa superar a forte presença da United na região.

A British Airways e a Qantas também serão forçadas a enfrentar a capacidade reduzida e as mudanças nas demandas na Ásia para garantir que ainda possam permanecer viáveis e lucrativas, apesar da interrupção causada pelas dificuldades globais.

Enquanto as companhias aéreas adaptam suas abordagens ao cenário de mercado em constante mudança, como demonstram as disputas na região da Ásia-Pacífico, a batalha será uma constante no cenário global das companhias aéreas nos próximos anos.